Desmistificando o AMOLED: Inovações em Backplanes LTPO e Tecnologias de Colorização

A tecnologia de telas AMOLED tornou-se uma escolha popular no setor de eletrônicos de consumo de pequeno e médio porte devido à sua natureza autoemissiva, alta taxa de contraste, ampla gama de cores e flexibilidade de dobra. Em comparação com as telas LCD tradicionais, que dependem de um módulo de retroiluminação, cada pixel em uma tela AMOLED emite sua própria luz, consumindo quase nenhuma energia ao exibir a cor preta. Isso resulta em uma estrutura mais simples, ângulos de visão mais amplos e tempos de resposta significativamente mais rápidos. Seus principais componentes incluem o painel traseiro, a camada emissora de luz do OLED e o encapsulamento de película fina (TFE).

A tecnologia de backplane é crucial para a obtenção de telas AMOLED de alta qualidade. Os primeiros TFTs de silício amorfo (a-Si:H) eram inadequados para acionar pixels de OLED com eficiência devido à sua baixa mobilidade e estabilidade insuficiente. Atualmente, a indústria adota amplamente soluções de backplane de TFTs de silício policristalino de baixa temperatura (LTPS) e TFTs de Óxido. O LTPS oferece alta mobilidade da portadora, tornando-o adequado para acionar a emissão de luz, enquanto os TFTs de Óxido apresentam corrente de fuga extremamente baixa, o que ajuda a manter o estado do pixel.

A introdução da tecnologia LTPO pela Apple em 2018 combinou as vantagens de ambas, integrando TFTs LTPS e IGZO para permitir o ajuste dinâmico da taxa de atualização, reduzindo significativamente o consumo de energia da tela. Desde então, essa tecnologia se tornou uma assinatura para telas AMOLED de última geração.

Para resolver o problema de "queima" causado pelas diferentes vidas úteis dos materiais orgânicos, a indústria propôs diversas soluções de colorização.

O WOLED (OLED branco) combina uma fonte de luz branca com filtros de cor (CF) para derivar as três cores primárias, garantindo taxas de envelhecimento consistentes para subpixels RGB. Outra abordagem é a conversão de cores de OLED azul + ponto quântico (QD-CC), que utiliza OLED azul para excitar um filme de ponto quântico e emitir luz vermelha e verde.

Além disso, uma estrutura tandem multicamadas empilha múltiplas unidades emissoras de luz por meio de uma camada de geração de carga (CGL), aumentando o brilho e prolongando a vida útil do dispositivo. Essas tecnologias levaram ainda mais a soluções de produção em massa, como WOLED e QD-OLED.

O MicroLED é considerado uma importante direção para a tecnologia de displays de próxima geração. Ele utiliza materiais inorgânicos, como nitreto de gálio, para criar unidades emissoras de luz LED em microescala, oferecendo longa vida útil, alta eficiência e brilho extremamente alto, tudo sem a necessidade de retroiluminação ou sistema de filtro de cor. Possui um potencial significativo em áreas como RA/RV. No entanto, a tecnologia ainda enfrenta desafios de industrialização relacionados à precisão e ao custo da transferência de massa. Apesar desses gargalos, suas vantagens de desempenho são substanciais. Seja por meio da otimização contínua de módulos LCD, iterações na tecnologia AMOLED ou avanços em MicroLED, a indústria de displays continua a impulsionar o progresso em experiências visuais, oferecendo uma ampla gama de opções para diversas telas LCD personalizadas e novos requisitos de display.

Sobre a CNK

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